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Mostrando postagens de abril, 2018

A Luz e a Sombra 1 DESCONSTRUIR

A Luz e a Sombra 1 DESCONSTRUIR   Normalmente, vemos a vida como uma construção umas vezes complexa e difícil e outras com momentos mais agradáveis, umas vezes, dolorosa e cheia de mágoas e ódios e outras tantas onde respiramos alguns sorrisos. Mas, em todas essas situações vêmo-la como uma construção onde as peças vão sendo encaixadas, substituídas, a sua forma alterada ou modificada mas, a sua estrutura não. Essa estrutura é a base que nos dá a solidez necessária para que sejamos capazes de enfrentar as situações mais ou menos difíceis que nos surgem no decorrer do nosso caminho, sem essa base , acreditamos nós com absoluta convicção, que jamais seriamos capazes de o conseguir. Então para validarmos as crenças que tão laboriosamente elaborámos e que no fundo não é mais do que uma espécie de cortina que nos protege de nós mesmos, assim limitamos o nosso espaço e muito mais ainda os nossos horizontes. Sentimo-nos a salvo, afinal é fácil, tão fácil, podemos então deitar a cabe

Memórias Cruzadas ou Talvez Não

Memórias Cruzadas ou Talvez Não observo com relutante indiferença e alguma ironia que tenho o "péssimo" hábito de não fugir, quer aos assuntos quer aos pensamentos que vão chegando. Seria muito bom, como não o faço, tenho que dar a mim próprio respostas credíveis uma vez que só dessa forma me é possível diminuir os conflitos internos. Os pensamentos não se eliminam, só desaparecem quando são resolvidos, há pois que aquietar a mente o melhor possível. Fácil não é mas é possível, não sei avaliar como pensam ou sentem os outros, logo falo apenas na minha experiencia , assim que para mim a alternativa que me parece é ir o mais a fundo possível, entrar no "olho do furacão", e sem se tornar parte do problema mas, resolvê-lo por dentro tentando no entanto ter uma visão o mais tridimensional de toda situação para observar de todos os ângulos e assim ter uma melhor capacidade de resolução. Ás vezes, e apesar de ter consciência de que devemos deixar algumas coisas par

Meus Olhos Minhas Mãos

Acordei aos poucos como quem já não tem pressa nem nada a provar, e se o tiver é a mim mesmo. Indolentemente, fui mexendo cada parte do meu corpo para que despertasse com a mansidão dos dias sem compromisso. Finalmente, sentei-me na beira da cama, abri o computador, coloquei uma música ao acaso, onde o piano e a flauta se enleavam numa harmonia quase corpórea, como uma dança onde se podia sentir o calor das notas que se envolviam num abraço suave, harmonioso e quente. Era como se aquela música tivesse uma textura física e se movesse pelo meu quarto livremente preenchendo os espaços vazios. Fiquei imóvel apenas absorvendo. A música seguia indiferente á minha presença rodopiando suave, tranquila e relaxante, ao meu redor. Não sei quanto tempo passou mas, a pouco e pouco senti de novo a densidade e tomei consciência do meu corpo. Tinha os punhos cerrados, levemente cerrados, abri as mãos e olhei-as com o meu olhar característico de cego. Toquei uma e outra com os meus dedos reconhe